sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A ALDEIA DA ROUPA BRANCA


Lavadouro das Francesinhas, bairro da Madragoa, em Lisboa
oferecido há 136 anos pela Raínha Maria Pia




Lavadouro das Francesinhas que vai ser destruído
A empresa 100 ml decidiu alargar o leque de produtos nacionais que fabrica e inspirando-se no filme "aldeia da roupa branca" recriou, - prestando, em simultâneo, homenagem às Lavadeiras de outrora - produtos tradicionais como um sabão especial, à base de óleo de côco, águas perfumadas para colocar no ferro e deixar nossa roupa de casa, sem mácula e com um cheirinho a bem lavada, sem esquecer, ainda, os saquinhos de pano crú, bordados a ponto cruz, que encerram cheiros de algumas plantas aromáticas, como a lavanda, para colocarmos nas nossas gavetas e armários, bem como saquinhos para guardar o sabão, ou sacos para a roupa delicada que queremos proteger.

Sobre as lavadeiras há uma estória de tradições que é bom contar às gerações mais novas.

As Lavadeiras, dividiam as tarefas domésticas com a lavagem da roupa que era, semanalmente, recolhida e entregue na casa das freguesas, sobretudo de Lisboa. Isto porque as casas da cidade não tinham condições nem para fazer a barrela, nem para pôr a roupa a corar.


À segunda-feira, às 5h da manhã, saíam de casa na carroça puxada por machos. A roupa era metida em trouxas, o “albardar”, ou seja, era embrulhada num pano, o “riscado”, tecido de riscas de cor diferente, tendo cada freguesa o seu riscado. Se a roupa era transportada por machos, tinha de ser colocada nos “seirões” (cestos de esparto ou vimes em forma de
alforges), que eram içados para o dorso dos animais.


Durante o resto da semana, excepto ao Domingo que era o dia guardado para ir à missa e
descansar, as Lavadeiras lavavam a roupa na ribeira para onde levavam pedras de cor
cinzenta, pedras “olho de sapo”, que serviam para esfregar a roupa.


Uma vez que “roupa que não é cantada não é lavada”, acompanhavam esta tarefa cantando canções de amor ou modinhas.

Depois de lavada e separada, consoante era molhada, “cargos” (embrulhada
num lençol) ou seca, “carrego” (roupa solta), era levada ao local de estender,
onde secava sobre pedras, ervas, arbustos ou estendais, corando ao sol e era
frequentemente borrifada até ficar bem branca. Ia outra vez a lavar  e a seguir posta a secar. Depois de seca, era levada para um alpendre, onde era dobrada e embrulhada
no respectivo riscado. Assim estavam feitas as trouxas que eram, por sua vez,
embrulhadas em sarapilheira para que se não sujassem.

Mais tarde, as Lavadeiras deixaram de lavar na ribeira e passaram a fazê-lo em
tanques, os “lavadouros”. Porém, esta actividade, que passava de mães para filhas,
conheceu um declínio progressivo, sobretudo nos anos 60, com o aparecimento
das máquinas de lavar roupa. Os lavadouros deixaram de ser, apenas, para
utilização exclusiva das Lavadeiras e passaram a sê-lo para uso de toda a população
local e, devido ao desenvolvimento urbanístico, grande parte deles desapareceu como vai acontecer aos das Francesinhas aqui reproduzido.



Sabão branco, água para colocar no ferro, sacos de pano crú bordados a ponto-cruz - uns  para guardar o sabão,  outroa para ervas aromáticas ou para guardar a roupa



Sacos de pano crú, com lúcia lima, alfazema e  hortelã-pimenta




Perfume para a roupa, água perfumada para o ferro e barras ou cubos de sabão de côco


Já lá vai o tempo em que as lavadeiras carregavam à cabeça um “rol” de roupa
suja, embrulhada numa trouxa, e levavam-na até ao tanque comunitário
para a lavar. Depois vinha a secagem, ao sol para a corar.
Já lá vai o tempo... mas desse tempo ficou a memória do cheiro fresco da
roupa lavada. Desse tempo ficou o gosto de tratar da roupa com esmero e
alegria. Felizmente esse tempo não acabou... apenas se alterou já que a 100ml quer continuar a apostar na tradição e no gosto do cheirinho da roupa lavada por essas fantásticas lavadeiras.

Com o objectivo de transmitir os valores tradicionais de limpeza, pureza e brancura da roupa lavada relembrando a tradição antiga das lavadeiras de Lisboa,
em que a roupa era lavada no rio com sabão azul, colocada a corar sobre a erva e finalmente seca ao sol e ao vento, foram utilizadas no Perfume para a roupa e na Água de passar notas perfumadas que recriam os valores acima referidos e que promovem a sensação de limpo, de conforto e requinte.



 
A fragrância é delicada e transparente, resultante da perfeita harmonia
de um bouquet floral suave de rosas de maio com a frescura verde das
folhas de violeta, com uma nuance frutada de cassis e um toque
elegante de pimenta rosa.
As notas cítricas dão o “mote de saída” à fragrância, relembrando a
frescura do rio e da brisa.
As notas amadeiradas de amber líquido e a suavidade persistente do
musk branco arredondam a fragrância e fazem-na perdurar no tempo



Preços de venda ao público recomendado, em todas as lojas onde haja produtos da Barbearia de Bairro e outras:

Sacos bordados, de pano crú,com ervas aromáticas pvpr: €9,90;

Água de passar-a-ferro 500ml: €15,80; Recarga 500ml: €9,90;
Perfume para a Roupa 100ml: €13,80;
Sabão para roupa delicada, à base de óleo de côco: 250g e 500g: €3,90 e €6,90, respectivamente;
Saco grande (água de passar): €5,90; saco médio (perfume roupa): €3,90; saco pequeno sabão: €5,90;
Saco envelope para roupa: €11,90;
Coffret Natal: (água recarga+saquinho ervas aromáticas+ sabão 250g: €33,80

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