quinta-feira, 7 de abril de 2011

JARDINS DE LISBOA COM HISTÓRIA



A Jardins Históricos tem vindo a reunir um conjunto de proprietários de jardins históricos, arquitectos paisagistas com obra feita na requalificação destes espaços, professores na área de história da arte de jardins, agronomia e silvicultura, juristas, economistas e arquitectos, atingindo um número de duas centenas de sócios.
 Os objectivos profissionais da Jardins Históricos são a conservação e valorização de sítios naturais e históricos, privados e públicos, entendidos como espaços de valor estético, interesse científico, cultural, educativo e paisagístico; representa e apoia os seus associados e proprietários de jardins e sítios históricos; colabora com as entidades públicas, nomeadamente com o governo português no estudo e elaboração de diplomas de natureza legal ou regulamentar, bem como de programas de enquadramento adequado com vista ao restauro de jardins.
Seguindo esta filosofia, A Associação Portuguesa dos Jardins e Sítios Históricos está a promover umas manhãs de Sábado preenchidas com passeios aos jardins mais emblemáticos de Lisboa.
No dia 9 de Abril a visita será guiada pelas Arq. Pais, Ana Luísa Soares, Professora do Instituto Superior de Agronomia, Elsa Isidoro e Isabel Silva.  O ponto de encontro é no Jardim de S. Pedro de Alcântara às 10h. O custo da Visita é de €5 .
Mais informações contactar APJSH 213 641 613 e 969 673 750
JARDIM E MIRADOURO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA


Um dos miradouros mais emblemáticos da cidade, reabriu totalmente renovado em Fevereiro de 2008, após ter recebido obras de melhoramento que vieram restituir a dignidade que o local merece. Situado junto ao Bairro Alto e sobranceiro à Avenida da Liberdade, oferece um dos mais belos panoramas da cidade de Lisboa.

 «O jardim de S. Pedro de Alcântara, construído no século XIX, foi edificado a partir de um terreno em socalcos. O seu nome popular vem do convento de frades arrábidos que está em frente, edificado no século XVII. O passeio foi construído sobre o resto das muralhas das inacabadas obras de Águas Livres, que aqui planeavam construir um grande reservatório para abastecimento da zona oriental da cidade, que nunca se chegou a realizar.

Em 1835, a autarquia passou a estar encarregue por este espaço, construindo as duas escadas laterais que estabelecem comunicação entre as duas partes, depois de gradear o plano superior e inferior. O conselheiro Agostinho da Silva foi o responsável por este trabalho de ajardinamento e de melhorias. Os canteiros seguem uma tradição à francesa, de flores e arbustos geometricamente desenhados, onde foi colocado um lago de repuxo, ladeando os passeios de areia, assentando entre os canteiros, plintos, sobre os quais estavam vários bustos de deuses e heróis da mitologia greco-romana, assim como de algumas figuras históricas ligadas aos Descobrimentos. O tabuleiro superior foi transformado em alameda, com densa vegetação, bancos e um "tanque" transportado dos jardins da Bemposta ou do Palácio da Rainha».

Encontra-se, também, aqui um painel de azulejos de Fred Kradolfer que mostra os principais pontos que se podem avistar a partir do jardim  bem como a estátua do fundador do «Diário de Notícias», Eduardo Coelho. 


JARDIM DO PRÍNCIPE REAL



«No século XV este local era conhecido por Alto da Cotovia, onde, em finais do século XVII, o filho do marquês de Alegrete - João Gomes da Silva Teles, projectou a construção de um palácio, depois abandonado e ficando em ruínas, sendo em 1740 a lixeira do Bairro Alto.
Estas terras foram então vendidas à Companhia de Jesus, cujos padres limparam o local e mandaram construir o Colégio das Missões, depois destruído com o terramoto de Lisboa, de 1755.  Aí se iniciou a nova Sé Patriarcal, mas sofreu um incêndio que a destruiu, ficando ao abandono.
Em 1830 era um local de entulho, que a Câmara mandou limpar para ali colocar uma praça. Construiu-se então um jardim com características românticas, segundo uma traça datada de 1853 e designada por Praça do Príncipe Real em 1859. Nos anos 50, foi chamada por Largo de D. Pedro V; e entre 1911 e 1919, de Praça Rio de Janeiro, tendo retomado o seu nome em homenagem ao filho primogénito de D. Maria II.
Em 1869 promoveu-se à iluminação e ajardinamento do local, segundo projecto do jardineiro João Francisco da Silva. O jardim com um área de 1,2 ha, foi concebido segundo o gosto romântico inglês e organizado à volta de um grande lago octogonal com repuxo. Nele se destacam várias espécies arbóreas, salientando-se o enorme cedro-do-Buçaco, o ex-libris da praça, com 20 metros de diâmetro. Possui canteiros de recorte simétrico com plantas e flores multicolores e pequenos arbustos. Oficialmente designado Jardim França Borges em 1915 quando ali colocaram um busto dedicado a este jornalista republicano em sua homenagem».



JARDIM DA PRAÇA DA ALEGRIA/ JARDIM ALFRED KEIL

                                                    
Pequeno jardim romântico que tem um lago com repuxo no centro, ladeado por um par de palmeiras e rodeado de lódãos e outras árvores consideradas de "interesse público".
O jardim, apesar de pequeno, com uma área de 0,32 ha, é bonito, tem sombra e  torna-se convidativo para  descansar ou conversar, enquanto as crianças brincam no parque infantil.
Nele está o busto do pintor e compositor, Alfredo Keil (autor da música do Hino Nacional), da autoria do escultor Teixeira Lopes, monumento que foi ali colocado pela CML a 3 de Julho se 1957.

A APJSH também tem previsto para este mês, para além dos Cursos de Jardinagem de sobre como fazer uma utilização racional da água. Como diminuir as necessidades de água do seu jardim, escolher plantas mais adaptada? Como agrupá-las da forma correcta a ter um jardim com muito baixo custo de água?
O valor deste curso de dois dias é 115€.
Cursos de Jardinagem para Amadores:
«Aprenda a Cuidar do Seu Jardim I»;
«Aprenda mais sobre jardins rochosos";
Aprenda a jardinar e agricultar com as Luas».
Informe-se das datas, horários e formadores e inscreva-se Telf. 213 641 613/ 969 673 750 e apjsh.cursos@gmail.com
Os cursos realizam-se nos Viveiros Viplant, em Oeiras.
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