Falamos de poemas simples, bordados em pano fino de linho, num multicolor mas rigoroso ponto de cruz, executado por excelentes bordadeiras do Minho. Assim se criaram os Lenços dos Namorados que vão ser o motivo da 15ª Exposição levada a cabo pela
«Arte da Terra» já na próxima 2ª feira, dia 4 de Fevereiro.
«Arte da Terra» já na próxima 2ª feira, dia 4 de Fevereiro.
Estas quadras ou poemas de amor, são de ontem e de hoje, com as devidas “adaptações", pertencendo ao espólio da cultura popular portuguesa e por isso é do maior interesse deixar algumas delas, para memória futura, aqui transcritas:
“Bai carta feliz buando / nas asas dum passarinho / qando bires o meu amor / dale um abraço e um veijinho”
“O cravo depois de seco / senefica amor perdido / ainda que creira não posso / tirar de ti o sentido”
“Aqui tens o meu curação / e a chabe pró abrir / num tenho mais que te dar / nem tu mais que me pedir”.
“Meu Manel bai pró Brasil / eu tamém bou no bapor / gordada no curaçao / daquele qué meu amor”
Os Lenços dos Namorados são uma peça de artesanato e vestuário típico do Minho, cuja origem remonta os séculos XVII e XVIII. Estes lenços fabricados a partir de panos de linho fino ou de lenços de algodão são bordados com motivos variados com significados próprios. Os símbolos mais comuns que encontramos nos lenços estão relacionados com o amor: corações, motivos florais, chaves, pássaros e ramos. Nos lenços mais antigos, os erros ortográficos eram comuns, dada a falta de instrução das raparigas que os bordavam.
As moças começavam a bordá-los na infância, usando-o inicialmente como adereço do seu traje, quer na bainha da saia ou no bolso do avental. Mais tarde, o lenço seria oferecido ao rapaz por quem ela se apaixonara, que o passaria a usar em público por cima do casaco domingueiro, no bolso, ou ao pescoço, como modo de mostrar que tinha dado início a uma relação.
Com os conhecimentos de ponto de cruz – adquiridos durante a infância – a moça em idade casadoira, bordava o seu lenço, com as quadras e as simbologias que brotavam da sua imaginação. Neste trabalho estavam presentes valores importantes para os jovens em idade de casar, tais como a fidelidade, dedicação, amor e/ou amizade...
As moças começavam a bordá-los na infância, usando-o inicialmente como adereço do seu traje, quer na bainha da saia ou no bolso do avental. Mais tarde, o lenço seria oferecido ao rapaz por quem ela se apaixonara, que o passaria a usar em público por cima do casaco domingueiro, no bolso, ou ao pescoço, como modo de mostrar que tinha dado início a uma relação.
Com os conhecimentos de ponto de cruz – adquiridos durante a infância – a moça em idade casadoira, bordava o seu lenço, com as quadras e as simbologias que brotavam da sua imaginação. Neste trabalho estavam presentes valores importantes para os jovens em idade de casar, tais como a fidelidade, dedicação, amor e/ou amizade...
Exposição in «Arte da Terra», Rua Augusto Rosa, nº 40, nas antigas cavalariças da Sé de Lisboa, e stará patente a partir do próximo dia 4 de Fevereiro até 3 de Março de 2013. Diariamente das 11h ás 20h.
Uma panorâmica da loja A ARTE DA TERRRA
Uma panorâmica da loja A ARTE DA TERRRA
Mais informações:
António Ramos (tel 919714683)
"A Arte da Terra" | Rua de Augusto Rosa, nº 40
1100-059 Lisboa | Telef 212 745 975
mail: arte@net.sapo.pt
www.aartedaterra.pt
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