domingo, 13 de março de 2011

MODA LISBOA 20 ANOS - LOVE - III

Ontem, Sábado, 3º dia da maratona MODALISBOA houve vários intervenientes, (não vou abordar todos). Os mais experimentais desfilaram no LAB, desta vez, integrado no MUDE (Museu do Design e da Moda), os outros no Pátio da Galé


AFORESTDESIGN abriu a tarde apresentando, em formato de performance, "The Birdwatchers", uma colecção de produtos, acessórios e peças de vestuário em Burel (matéria prima tradicional portuguesa, 100% lã), onde predominaram os tons da serra - verdes, cinzentos, mel, branco - em silhuetas e objectos que traduzem um estilo de vida em harmonia com a Natureza.  Uma bonita colecção trabalhada em burel uma matéria prima muito nossa, vinda das serranias.




"O poder da fábula, detentora dum misto de entretenimento e máximas morais" foi o ponto de partida da colecção de RICARDO ANDREZ, que nesta estação jogou com elementos visuais gráficos contrastantes, geometrias e assimetrias. Viram-se cotoveleiras com zippers, zippers de metal dourado e maxi-prints Cinza, creme, castanho claro e azul noite foram as cores eleitas.


FILIPE FAÍSCA


Com FILIPE FAÍSCA e "Bonjour Tristesse" regressamos ao Pátio da Galé: uma colecção elegante e sofisticada inspirada no poema de Paul Eluard, onde predominaram as silhuetas masculinas, os looks 60's e 70's, e os padrões de riscas e xadrez.  Destaque para uma cuidada selecção de materiais, desde a mousseline, crepe de seda, sarjas de lã, feltro, malha de viscose ao cabedal. O preto, cinza, castanho,
 areia, rosa, dourado e prateado foram as cores.



ALEKSANDAR PROTIC deu continuidade às suas colecções passadas, jogando, desta vez, com o contraste de tecidos mais nobres e tecidos mais desportivos, o que resutou numa colecção muito feminina e muito vestível, com peças de corte exemplar, feitas em lã, algodão, sedas e pele em tons de preto e nude.





LANIDOR, marca de sucesso do pronto-a-vestir nacional, regressou à ModaLisboa com uma colecção e duas temáticas: Sleek Architecture e Take Your Time. Na primeira, mais luxuosa e elegante, utilizou materiais leves e macios em cores ténues e límpidas, privilegiando os pormenores e o contraponto de silhuetas esculturais e casulo com silhuetas mais fluidas. A foto referencia a 1ª temática.
No segundo tema, explorou a relação entre rural e urbano, orgânico e artificial, técnicas industriais e artesanais, cores quentes e frias, para silhuetas descontraídas, amplas e confortáveis.


ALEXANDRA MOURA inspirou-se nos índios e na sua colecção, "Povo das Estrelas", a designer desenvolveu a história da fusão de duas civilizações, a da Terra e a do Céu, criando, ao mesmo tempo, uma imagem forte e inocente, doce e guerreira, infantil e sábia.


«A silhueta brinca com contrastes entre o rectângulo e o quadrado. Cinturas mais descaídas. Os detalhes são subtis, e o jogo entre as misturas de materiais e sobreposições de peças, traçam a profecia desta colecção e de toda a sua imagem» - explicou A.M.



MARIA GAMBINA baseou-se na mudança física (espaço) e mudança interior e apresentou "Take me Home": uma colecção jovem, confortável, colorida e repleta de texturas e padrões. As propostas femininas variaram entre o oversize e o slim, enquanto as masculinas nos transportaram para o universo pós-Mod Londrino, com camisolas grossas de lã, pullovers em bico, camisas Oxford, cachecóis de xadrez e calças em bombazine. Clássicos como o duffle coat, o bomber jacket e o trenchcoat foram reinterpretados em falsas peças estampadas
Vimos uma colecção muito contemporânea, muito vestível que agradou aos jovens e aos menos jovens.


NUNO BALTAZAR


NUNO BALTZAR pegou  na colecção "Portraits" - os retratos femininos da obra de Gustav Klimt - como ponto de partida para uma colecção onde jogou com a dualidade: imagens urbanas e looks sofisticados; silhuetas anatómicas, Y e H, a coexistiram em criações onde os motivos geométricos foram enriquecidos com toques de ouro e brilho; peças de carácter depurado e citadino, por um lado, enriquecidas, por outro, com elementos decorativos.
Materiais nobres como seda, cetim, lãs, tules reforçaram o look sofisticado, assim como as pailletes metálicas e os acessórios de inspiração «Art Nouveau». A paleta cromática centrou-se em cores quentes, como sépia, sanguínea, ocres luminosos e amarelo açafrão coordenadas em ton-sur-ton ou em contraste com cores sombrias como carvão, chumbo e marinho.


NUNO BALTAZAR



2 comentários:

  1. Está muito giro o blog e as roupas também estão maravilhosas.
    Beijinhos,
    Margarida Suares

    ResponderEliminar
  2. Obrigada pelo simpático comentário e ainda bem que gosta

    ResponderEliminar