ANTÍGONO NO CCB 21 E 22 DE JANEIRO
Esta ópera em três actos de Antonio Mazzoni com libreto de Pietro Metastasio (1755), é um projecto, co-produzido pelo CCB e pelo "Divino Sospiro".
"Uma ópera sem memória? Foi de esplendor efémero a estreia de Antigono em 1755. Nesse outono fatídico de Lisboa, a produção em cena era das mais luxuosas da época e contava com um elenco de prestígio internacional: um dos "castrati" era Gaetano Guadagni (o eleito de Handel para cantar no Messias e o primeiro Orfeu na ópera de Gluck). O Divino Sospiro quer resgatar esse esplendor e dar-lhe a vida que ficou perdida nas ruínas do grande terramoto.
A malograda Casa da Ópera do Paço da Ribeira, inaugurada em Março de 1755, foi provavelmente a única que assistiu à interpretação da ópera Antigono, em cena aquando da destruição daquele espaço com o terramoto de 1 de Novembro. O libreto, da autoria de Pietro Metastasio e um dos preferidos pelos compositores da época, conta os “estranhos desastres” que sucedem a Antígono, rei da Macedónia, desde que se junta a Berenice, princesa do Egito. A partitura de Mazzoni sofreu um trabalho de edição crítica da responsabilidade de Nicholas McNair."
in programa CCB
in programa CCB
Esta produção representa também a estreia de JAT na criação de figurinos para ópera. Ao falarmos com José António Tenente, este comenta: « É muito entusiasmante e de facto, ópera é uma paixão. Barroco então....
Apesar de ter uma considerável experiência na criação de figurinos para dança e teatro, nunca tinha 'vestido' uma ópera. E não podia ter sido melhor para começar... É absolutamente única a oportunidade de assistir ao 'renascer' de uma obra que estava esquecida há mais de 250 anos » - conclui.
“O meu trabalho insere-se no 'story board' criado pelo Carlos Pimenta (direcção cénica) e António Jorge Gonçalves (cenários em desenho digital, em tempo real) com um ambiente visual muito preenchido e estimulante. Os figurinos contrapõem-no com uma imagem quase uniforme, mas forte e de leitura evidente. De desenho linear, as formas assentam em linhas geométricas e em manchas de cor únicas. Uma paleta cromática concisa e elementar: negro, vermelho e azul. Numa visão 'simplista', os bons de vermelho e os maus de negro. O azul, romântico, para Berenice, misteriosa, sedutora... Alusões subtis à antiguidade clássica, nomedamente, a partir das suas representações escultóricas ou pictóricas.”
A não perder!
A não perder!
ENRICO ONOFRI direção musical
CARLOS PIMENTA direção cénica
ANTÓNIO JORGE GONÇALVES desenho digital em tempo real
JOSÉ ANTÓNIO TENENTE figurinos
NUNO MEIRA desenho de Luz
RUI MADEIRA programação multimédia
NICHOLAS MCNAIR reconstrução da partitura, edição crítica
ver mais em: http://www.ccb.pt/
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